Sobre todas as coisas

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Os assuntos não discorrem e não morrem, especialmente se escritos pela minha pena e ditos pela minha boca, o nulo calmo é anulado e a revolução desponta dos cérebros enferrujados porque todos queremos. A eloquência jamais deve ser apagada, a eloquência é a arte das artes, apenas superada em foça e beleza pela poesia.
Os absolutos rigorosos assuntos estão fartos de discussão que a nenhures leva a não ser a maior descontentamento e a fachada, a fantochada, desencanto, desperdício.
Já não se pode mais assim, porque não união, para uma primeira manifestação e uma pós grandiosa revolução mas sem que se esqueça o que fomos, recordados como rudimentos não pensantes, idade das trevas, inquisição das mentes, puro afastamento de milhares e milhares, exclusão preconceituosa e monstruosa e vergonhosa, vergonhosa como tudo o que corre pelo mundo movido a ganância e a conformismo.
E a minha caneta não cala. A minha caneta rasga pele de alguém, sangrando as azuis palavras.
Sangrentas palavras sentenciando penas de morte e de tortura, contra a merda de mundo em que vivemos, que ainda mais mortes tem e de mais tortura é composto.
Convido-vos a, comigo, compormos o mundo.
O mundo descarrilou. As pessoas aguardam, impacientemente. Esperam e esperam, sem notarem que o mecânico morreu. Há quem arranje transporte privado, mas sem mais se preocupar com quem fica na estação.

Bora arranjar o comboio?
:)
(Dedicado ao Tony)

Felizes conformistas

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Em tolas tentativas vão pessoas lamuriando-se de malvada sorte, não conseguirem ser felizes. Assim por não dito digo que tudo isso é tão desimportante...
Queriam definir as vossas prioridades! Pensar, ao menos por uma vez na vida! por uma vez na vida, não pensem com a corrente dos "outros" porque também esses não pensam por si, pensam pela fonte e a fonte não pensa, também, age, apenas pelo seu interesse.
Tanto conformismo, tanta uniformização para quê? E volto a perguntar, para quê? E ninguém me responde. Querem ser felizes? Então pensem e reparem que a procuram nos pressupostos de felicidade que outros definiram. Compreenderão, então, que não estavam a ser verdadeiros? E que era por isso que, assim que atingiam a felicidade de outros, esta rapidamente vos fugia entre os dedos?
Que comboio de incompreensão vocês tomam.
Que preconceitos aceitam como verdadeiros.
Excluírem-me também está no vosso manual de conformismo?
Quais alegras vivências, quais supostas esperas se já nem distingues o que é inato do que não é? Oh, horror de tão desprezíveis pessoas, carecendo de saúde de pensamento, cujo mecanismo de pensar sós se encontra desligado.
Deixai-me só e assim me abandonar...
Mas não me desprezai apenas porque outros o fazem. qual é o problema, bolas, por que nunca me respondem?
A nova Bíblia já não é escrita, mas permanece horrenda, popular, por todos seguida. Continua sangrenta. continua se insurgindo contra mim.

Fobia Social

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Tenho sentido mais estranhas impressões, ultimamente. sempre me soube capaz de ultrapassar uma multidão, com o meu passo de corrida. Porém, nunca previ que esse passo pudesse alguma vez ser abrandado, estilhaçado por meros olhares.
Sinto-me esmagada quando me encontro numa multidão de jovens. Sinto que devia fazer parte e que não faço.
Não gosto deles, é certo, mas, mais que isso, tenho medo. Medo deles. Deles e delas. Das conversas, dos passos, das palavras.
Não compreendo esse medo, ao todo, apenas o sinto.
Cada tom soa como uma sentença.
Cada riso é uma reprovação.
Eu quero fugir deles todos!
Quero que desapareçam.
E quero deixar este medo longe de mim.
(O mais curioso é que não os receio na faculdade, apenas fora dela.)

RubyAnnE

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Se me vires a passar na rua, presenciarás um fenómeno peculiar.
Parecer-te-à, apenas, um corpo, porém, ouvirás duas vozes em amigável cavaqueira. Não são, propriamente, vozes perfeitamente distintas, é o tom que as distingue, o alegre e bem disposto contra o triste melancólico.
Se tomares atenção, talvez ouças um texto composto, em conjunto, naquele momento. No entanto, são raras as vezes em que tal acontece, será um golpe de sorte poderes assistir a tal.

(Este é curto e inacabado porque o estava a escrever numa aula e uma colega que chegou atrasada veio sentar-se a eu lado. Deprimiu-me e desencorajou-me. Oh, isso é tão triste...)

Viagem à volta das minhas teorias

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Que bonito quadro se abate sobre mim e que mais posso fazer que sorrir?
Quando a morte me toldar a vista, para sempre ficará na memória a derradeira recordação.
Tomara que fosse um mundo bonito, carregado de esperança para tomos futuros.
Tomara estar tudo bem, tomara estar tudo tão ao contrário do que está.
Mas que bom é também pensar, fechar os olhos à visão, ignorar os sons, deixar o pensamento fluir e explorar recantos já explorados ou ainda não...
Como se me depara agradável voltar a fazer uma viagem já feita, mas já esquecida, chegar ao mesmo final, confirmando o que já confirmara, ficando em paz comigo e com a minha consciência.
Um suspiro de calma alegria, antes de regressar à habitual melancolia.
Depois, o meu curso é incerto.
Posso focar-me no que vejo, sintonizar-me com o que ouço.
Posso tudo.
Descansar.
Por exemplo.

Manhãs da Caloira

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Do meu lugar à janela, no comboio, tenho a oportunidade de assistir a um nascer do Sol algo invulgar, se comparado com o da minha terra.
A primeira vez que a luz solar incide directamente sobre os meus olhos, a cada dia, é sempre de uma magia infindável.
Vejo a bola de luz tentando erguer-se da sombra dos montes. Porém, o comboio não estaca ao sabor desta visão e, tão depressa como apareceu, o Sol é engolido por outro recorte negro de um monte.
O que se segue lembra uma luta contra as ondas para se manter à tona de água.
É como assistir a um milhão de amanheceres, podendo adivinhar o momento em que o Sol irá emergir, através das tonalidades brilhantes características que o céu adquire.

Vou magicar

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Vou professar os quatro cálculos aos quatro ventos.
Vou praguejar contra a maldita falta de lucidez da sociedade devoradora de mentes diferentes do que querem que sejam.
Vou assissassinar os que me interrompem quando escrevo, porque se perde, assim se perde uma boa ideia que não recupera, perdida nas profundezas do abismo da criatividade, exponencialmente maior que a realidade.
Vou declamar um manifesto que faça a humanidade recuar e esconder.se em vergonha da crueldade que manifesta ser.
Vou entornar tinta, ternamente, sobre o espaço em branco que convida e desafia.
Estou sozinha, como AnnE, estou sozinha, tão rodeada de pessoas e, ainda assim, tão sozinha.
Vou ensaiar palavras e gestos que nunca hão-de subir ao palco, porque, no momento em que o pise, esqueço-me das minhas linhas.
Vou ver-te. Não que faça grande diferença.

Manhãs minhas

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A intensidade luminosa é inconstante, a Lua reflectindo a do Sol, lá no céu tom azul-claro matinal. Lua, entre as nuvens, sobre os montes, surpreendendo toda a gente...
A crueza da frescura... a beleza do toque gélido da brisa que me abraça e eu respiro-a e sabe bem.
Manhãs tão frescas e doces e são minhas e adoro-as e não quero mais nada. Pelo menos, nada para acrescentar a tão perfeitas manhãs.
"As nuvens erguem-se como vagas atrás dos montes. Nuvens viajam apressadas, como comboios em sonhos."
Primeiro, as nuvens são cinza e o céu é branco.
Depois, mudam para laranja e, por último, para azul. E eu vejo-as do meu quarto.
E o vento... como que uma promessa.
Vento chamando e arrastando, dando movimento ao eterno estático, o vento despenteando as árvores, o vento despenteando-me os cabelos, provocando-me, "Onde foste deixar a tua liberdade?", parece perguntar, parece rir-se, parece troçar, mas é só ar, é só ar...
Abandonando outras terras, sobre carris, sobrevoando o Ceira e o Mondego, chego, por fim, à cidade.
Desembarco com as outras formigas, ao sabor do ar natural com o lixo do fumo.
Adoro o som das campainhas das cancelas, dando sentido, apenas, à existência de comboios e de pessoas, os carros estão parados no tempo, aprisionados nas estradas, condenados à imobilidade.
Como adoro estas manhãs!
Que diferença, ser ou não ser, ver, como eu, uma cidade bonita, se pintada de frio...
E, num auditório, revendo Química, quão belo é ver a chuva, lá fora, limpando e refrescando e regando Coimbra.
E o Sol, despontando... pela primeira vez hoje...
Que prenúncio de bom dia!

Despedidas (até quando?)

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Tenho de dizer e não quero, volto ao mesmo que dizia antes, arranjo mais um pretexto.


Tenho de dizer, porque, se não o disser, ainda será mais doloroso.

A despedida tem de ser feita, mas eu não quero dizer adeus.

Porém, a despedida será, quer eu diga adeus quer me cale.

Então digo, antes que seja tarde demais.

Um dia não terá mais de ser assim, pois não?
Mas receio esse dia ainda mais.
Porque não sei o que será dele.

Receio esse dia por chegar, com um medo incontrolável, semeado de perguntas.

E se os meus receios se confirmarem?
O que será de mim?
O que será de mim?

Bolas, tenho medo.
Estou com um medo danado.

Estou com um medo danado que cada despedida seja a última
a última da espécie
a última ainda-gosto-de-ti.


Não estamos todos?
Outra vez, então:

Boa noite, mundo.
Boa noite, Sol.
Boa noite, comboio.
Boa noite, olhos abertos.
Boa noite, lucidez.
Boa noite, .

Tenho escrito, escrevendo por aí

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Uma vez palhaço,
Eternamente palhaço.

São as leis da Natureza.
Palhaços armam-se em palhacinhos de papel num carrousel de mãos dadas.
Palhacinhos presos por cordéis são agora marionetas existenciais
.Escondo-me dos palhaços, com medo. Medo que me levem com eles para debaixo das suas redes e seja para sempre palhaça.
Alegrando as pessoas
mas as pessoas
deviam estar tristes!
_

É sangue na minha caneta.
Sangue seco, de cicatriz. Coagulado. Sangue que jorra.
Caindo no papel como tinta. Já não sei se a caneta é a assissassina ou se também ela é assissassinada.
ASSISSASSINADA.
ASSIMSSÓSSEMNADA.
De tudo desprovida.
De mágoas de sangue como tinta.
De vida.
_

Valerá a pena tomar conta destas bestas que zurram, presas, destas mentes desutilmente fúteis?
De que vale falar-lhes? De que vale ouvi-los?
São planos e nada ouvem.
Sabem repetir, apenas, nada mais.
Que interessa todo o resto?
_

O chão vem parado connosco.
O movimento é relativo.
_

Corpo morto no Regional Coimbra - Serpins.

Nota de último momento: corpo morto acordou e é de novo jovem inundado de vida.

Que lindo, que lindo dia para ter permanecido em Coimbra.

teorias elaboradas às 2h, partindo de conversas, chegando à espontaniedade de freeWriting, por pensamentos recém formados de inundações no exterior do

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(cont. do título: do Dolce Vita e Estádio.)
talvez também devesse investir algum tempo em socializar com as minhas colegas, mas também acho que é uma causa perdida.
já nada vale a pena.
o que deveria ter aprendido na altura devida, não aprendi, agora parece-me impossível falar com personalidades tão distintas da minha.
eu não conseguiria passar o tempo a falar de compras e de roupa e de lojas. a menos que fossem lojas de livros. ou decoração, tenho de confessar.
eu não consigo ver como é que um jantar de curso pode ser melhor que uma noite a ver ballet.
para lá de ter grandes dificuldades comunicativas, no início.
nada ajuda, sabes?

nada ajuda e não sei como, não sei se posso, não sei se é permitido, não sei como suportar, não sei como querem que o faça, não sei se estou à espera, se estiver é da altura certa, não de alguém, porque agora já não estou sozinha, nem nunca estive, sempre tive o edgar e o coveiro, sempre tive mundos comigo, sendo eu dona deles porque eles são eu e nunca de mais precisei, mas agora tenho mais e não o quero desperdiçar, isto vai sair algo lindo, não te metas comigo mundo, olha para ti e para o teu grupo de futilidades, não tentes ser feliz, porque ser feliz é uma merda enquanto existirem infelizes torturados sem poder viver, quanto mais falar de futilidades, não se esmerdem em roupas, porque algum dia não haverá mais, não se esmerdem em recursos naturais, que estes não hão-de durar mais que vós próprios.

vejam, vejam, olhem o presente de frente, sim, o presente, o que diziam ser futuro longínquo já chegou, parem de falar e vejam a verdade que vos escondem, vejam por trás dessas fachadas que vos contam, não haverá mais mundo além deste, por que insistem em fechar os olhos?desmerdem-se.
eu já não tenho nada que ver com vós.
eu caminho com os meus,
já vocês, preocupem-se com o que quiserem.
depois não se espantem, não se deixem apanhar desprevenidos.

vou com os meus.vamos em conjunto, somos muitos.
somos suficientes.somos auto-suficientes
e somos independentes da vossa escravatura cega por mariquices.
e somos independentes da vossa ditadura do consumismo.
ajudaremos quem nos pedir ajuda.
estenderemos a mão a quem se estiver a afogar.
mas o que poderemos fazer com aqueles que insistem em não abrir os olhos?

já nada sei. nunca soube.
isto é demasiado estranho e confuso, mas acho que eu e os meus detemos uma certa razão, mais certa que a vossa.
não é razão, é alinhamento de prioridades.

e, segundo os problemas de hoje, os vossos estão todos errados.
os vossos baseiam-se na premissa de que vão morrer quando forem muito velhos, e, ainda assim, estão tão mal planeados.

deus meu, quem sois vós?
sois o povo adormecido.
não vos posso deixar para trás só por quererem estar a dormir, pois não?

já nada sei, já nada sei, nunca soube.
por isso tenho de pensar e escrever o que penso, para chegar lá, para descobrir e saber mais.

e sozinha?
sozinha nunca estive.
nunca estive tão longe de estar sozinha.
agora tenho a certeza.

tenho a certeza.

que não errei nas prioridades.

que são meramente muito mais que meros pensamentos.

que eu sou e que quem sou me é permitido ser, não vai contra um dado tipo de natureza,

que sou, quem sabe, humana, que a minha espécie não vive só.
que vive só, mas que não sou a única.

quem sou, agora?

quem és, agora? povo adormecido ou tribo das insónias?
quem és, agora? por mim ou ignorando as nossas ideias?

que espaço
que chuva
que nada
que eu
que feio
que estranho
que estranheza
que lentidão........


a processar....................
encontrado erro, pensamento fora da norma.
o programa vai ser encerrado.
não vale a pena tentar moldar uma personagem plana.
não vale a pena tentar moldar barro que já cozeu, só o pode partir.
FIM DA APLICAÇÃO.