Sobre todas as coisas

Os assuntos não discorrem e não morrem, especialmente se escritos pela minha pena e ditos pela minha boca, o nulo calmo é anulado e a revolução desponta dos cérebros enferrujados porque todos queremos. A eloquência jamais deve ser apagada, a eloquência é a arte das artes, apenas superada em foça e beleza pela poesia.
Os absolutos rigorosos assuntos estão fartos de discussão que a nenhures leva a não ser a maior descontentamento e a fachada, a fantochada, desencanto, desperdício.
Já não se pode mais assim, porque não união, para uma primeira manifestação e uma pós grandiosa revolução mas sem que se esqueça o que fomos, recordados como rudimentos não pensantes, idade das trevas, inquisição das mentes, puro afastamento de milhares e milhares, exclusão preconceituosa e monstruosa e vergonhosa, vergonhosa como tudo o que corre pelo mundo movido a ganância e a conformismo.
E a minha caneta não cala. A minha caneta rasga pele de alguém, sangrando as azuis palavras.
Sangrentas palavras sentenciando penas de morte e de tortura, contra a merda de mundo em que vivemos, que ainda mais mortes tem e de mais tortura é composto.
Convido-vos a, comigo, compormos o mundo.
O mundo descarrilou. As pessoas aguardam, impacientemente. Esperam e esperam, sem notarem que o mecânico morreu. Há quem arranje transporte privado, mas sem mais se preocupar com quem fica na estação.

Bora arranjar o comboio?
:)
(Dedicado ao Tony)