Tenho escrito, escrevendo por aí

Uma vez palhaço,
Eternamente palhaço.

São as leis da Natureza.
Palhaços armam-se em palhacinhos de papel num carrousel de mãos dadas.
Palhacinhos presos por cordéis são agora marionetas existenciais
.Escondo-me dos palhaços, com medo. Medo que me levem com eles para debaixo das suas redes e seja para sempre palhaça.
Alegrando as pessoas
mas as pessoas
deviam estar tristes!
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É sangue na minha caneta.
Sangue seco, de cicatriz. Coagulado. Sangue que jorra.
Caindo no papel como tinta. Já não sei se a caneta é a assissassina ou se também ela é assissassinada.
ASSISSASSINADA.
ASSIMSSÓSSEMNADA.
De tudo desprovida.
De mágoas de sangue como tinta.
De vida.
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Valerá a pena tomar conta destas bestas que zurram, presas, destas mentes desutilmente fúteis?
De que vale falar-lhes? De que vale ouvi-los?
São planos e nada ouvem.
Sabem repetir, apenas, nada mais.
Que interessa todo o resto?
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O chão vem parado connosco.
O movimento é relativo.
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Corpo morto no Regional Coimbra - Serpins.

Nota de último momento: corpo morto acordou e é de novo jovem inundado de vida.

Que lindo, que lindo dia para ter permanecido em Coimbra.