teorias elaboradas às 2h, partindo de conversas, chegando à espontaniedade de freeWriting, por pensamentos recém formados de inundações no exterior do

(cont. do título: do Dolce Vita e Estádio.)
talvez também devesse investir algum tempo em socializar com as minhas colegas, mas também acho que é uma causa perdida.
já nada vale a pena.
o que deveria ter aprendido na altura devida, não aprendi, agora parece-me impossível falar com personalidades tão distintas da minha.
eu não conseguiria passar o tempo a falar de compras e de roupa e de lojas. a menos que fossem lojas de livros. ou decoração, tenho de confessar.
eu não consigo ver como é que um jantar de curso pode ser melhor que uma noite a ver ballet.
para lá de ter grandes dificuldades comunicativas, no início.
nada ajuda, sabes?

nada ajuda e não sei como, não sei se posso, não sei se é permitido, não sei como suportar, não sei como querem que o faça, não sei se estou à espera, se estiver é da altura certa, não de alguém, porque agora já não estou sozinha, nem nunca estive, sempre tive o edgar e o coveiro, sempre tive mundos comigo, sendo eu dona deles porque eles são eu e nunca de mais precisei, mas agora tenho mais e não o quero desperdiçar, isto vai sair algo lindo, não te metas comigo mundo, olha para ti e para o teu grupo de futilidades, não tentes ser feliz, porque ser feliz é uma merda enquanto existirem infelizes torturados sem poder viver, quanto mais falar de futilidades, não se esmerdem em roupas, porque algum dia não haverá mais, não se esmerdem em recursos naturais, que estes não hão-de durar mais que vós próprios.

vejam, vejam, olhem o presente de frente, sim, o presente, o que diziam ser futuro longínquo já chegou, parem de falar e vejam a verdade que vos escondem, vejam por trás dessas fachadas que vos contam, não haverá mais mundo além deste, por que insistem em fechar os olhos?desmerdem-se.
eu já não tenho nada que ver com vós.
eu caminho com os meus,
já vocês, preocupem-se com o que quiserem.
depois não se espantem, não se deixem apanhar desprevenidos.

vou com os meus.vamos em conjunto, somos muitos.
somos suficientes.somos auto-suficientes
e somos independentes da vossa escravatura cega por mariquices.
e somos independentes da vossa ditadura do consumismo.
ajudaremos quem nos pedir ajuda.
estenderemos a mão a quem se estiver a afogar.
mas o que poderemos fazer com aqueles que insistem em não abrir os olhos?

já nada sei. nunca soube.
isto é demasiado estranho e confuso, mas acho que eu e os meus detemos uma certa razão, mais certa que a vossa.
não é razão, é alinhamento de prioridades.

e, segundo os problemas de hoje, os vossos estão todos errados.
os vossos baseiam-se na premissa de que vão morrer quando forem muito velhos, e, ainda assim, estão tão mal planeados.

deus meu, quem sois vós?
sois o povo adormecido.
não vos posso deixar para trás só por quererem estar a dormir, pois não?

já nada sei, já nada sei, nunca soube.
por isso tenho de pensar e escrever o que penso, para chegar lá, para descobrir e saber mais.

e sozinha?
sozinha nunca estive.
nunca estive tão longe de estar sozinha.
agora tenho a certeza.

tenho a certeza.

que não errei nas prioridades.

que são meramente muito mais que meros pensamentos.

que eu sou e que quem sou me é permitido ser, não vai contra um dado tipo de natureza,

que sou, quem sabe, humana, que a minha espécie não vive só.
que vive só, mas que não sou a única.

quem sou, agora?

quem és, agora? povo adormecido ou tribo das insónias?
quem és, agora? por mim ou ignorando as nossas ideias?

que espaço
que chuva
que nada
que eu
que feio
que estranho
que estranheza
que lentidão........


a processar....................
encontrado erro, pensamento fora da norma.
o programa vai ser encerrado.
não vale a pena tentar moldar uma personagem plana.
não vale a pena tentar moldar barro que já cozeu, só o pode partir.
FIM DA APLICAÇÃO.