Uma massa de ar sobe, desce, leva tudo à sua frente. Sobe, desce e sibila por entre o espanta-espíritos, como que a chamar alguém... V’là l’bon vent... O Vent du Nord, vento da coragem, traz os meses do Inverno, traz o frio, o gelo, traz o cheiro a florestas e sabor a hortelã. O Vent du Sud, vento d’amargura, traz os meses de Verão, traz o calor, as tempestades de areia, traz o cheiro a baunilha e sabor de chocolate-pimenta. V’là l’joli vent... tocam os timbales e as charamelas e as campainhas tilintam. É o vento a sonhar com quem ele quer... chama-o, chama-o, assobia nas casas, tilintam os espanta-espíritos. Arranha o cabelo e voam capuzes. V’là l’bon vent... As folhas batem-me e faço as malas para o mundo à minha frente. Ma mie m’appelle, mon vent m’appelle.
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