Que bonito quadro se abate sobre mim e que mais posso fazer que sorrir?
Quando a morte me toldar a vista, para sempre ficará na memória a derradeira recordação.
Tomara que fosse um mundo bonito, carregado de esperança para tomos futuros.
Tomara estar tudo bem, tomara estar tudo tão ao contrário do que está.
Mas que bom é também pensar, fechar os olhos à visão, ignorar os sons, deixar o pensamento fluir e explorar recantos já explorados ou ainda não...
Como se me depara agradável voltar a fazer uma viagem já feita, mas já esquecida, chegar ao mesmo final, confirmando o que já confirmara, ficando em paz comigo e com a minha consciência.
Um suspiro de calma alegria, antes de regressar à habitual melancolia.
Depois, o meu curso é incerto.
Posso focar-me no que vejo, sintonizar-me com o que ouço.
Posso tudo.
Descansar.
Por exemplo.
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