Devaneios pelo meu mar doce de palavras.

«Se eu fizesse colectânea de palavras lindas!
Casaria comigo mesma e o discurso seria de morte:
"Nos estilhaços que deslizam sob suave ternura do embalar de páginas descritas em cadernos de contos de fadas, esmorece uma névoa que afaga quem estremece. Nas melodias harmoniosas, despedaçam-se tufos de musgo, cristalino do orvalho. As infâncias vêm em bibes descolorados, ao som de discos entorpecidos numa grafonola antiquada. No meio de bugigangas viajadas com bufarinheiros, cintila uma caixinha de âmbar pitoresca. Os meus olhos deleitam-se com tais arabescos, deliciosos, preciosidades, irresistíveis.
Quanto a névoa me afoga em claridade amargurada e reluzente!
O brilho dos teus olhos são vitrais."»