Estreia

Não tenho coragem para escrever nem um vocábulo
E enfrento o medo de mim própria,
Da caneta a roçar o papel,
O medo de tentar ser e assim não ser,
De tentar ser grande
E escolher o caminho à estupidez.

Por isso escondo-me de me estrear
Num mundo de pensadores
Para que não nos estraguemos,
Tanto o deles como o meu,
E para que possamos viver em conformidade,
Sem que eu me avarie.

Boa sorte (se fosse), Adriana