Ele olhou para o céu. Era um dia especial.
A árvore já estaria farta da sua existência. Decidiu sair.
Chegou-se mais para a ponta do ramo.
Finalmente. Era a primeira vez que ia voar.
Abriu os braços e saltou. Abanou muito as mãos.
Fechou os olhos. Sentiu o ar a bater-lhe na face e a despenteá-lo.
Um pensamento de um segundo atravessou-lhe a mente:
"Não deveria ter começado mais em baixo?"
Depressa o abandonou. Não iria falhar o seu primeiro voo.
Ouviu um grito dentro de casa. Parecia-lhe a sua mãe.
Sorriu. Teve outra hesitação, mesmo ao pé do chão.
Ia-se estatelar. Convenceu-se a um metro do chão de que conseguia.
Abriu os braços e impulsionou o corpo para a frente.
Deve ter batido num pássaro, ou assim, porque sentiu uma pancada.
Mas, depois, voou como nos sonhos se voa.
Já foste
AGMatos
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