O feio do belo é que a aleatoriedade não existe e sabes eu não quero fazer algo belo, quero escrever apenas, escrever livre quase freewriting como não faço desde a minha prenda de anos e hoje é último dia, hoje é dia parvo de tristeza, porque quero e não quero só escrever sem sentido, assim a modos que disparatar e odiar a noite e amar a noite.
2009
O Jardim Estranho da Minha Terra
Perguntas do Depois
Acho que era a pergunta mais acertada a ser feita.
A pergunta certa.
A pergunta do momento.
"Onde estou?"
Por toda a eternidade, tem sido essa a pergunta feita por tantos milhares de almas.
Eu, porém, não fiz essa pergunta.
Havia algo naquilo tudo que me queria fazer disparar centenas de frases de tudo aquilo que me atravessava a cabeça. Não tinha problemas em agarrar tais pensamentos. Muito pelo contrário, fascinante e surpreendemente, pareço conseguir vê-los todos, todos em simultâneo, perfeitamente organizados, correndo e desfilando, num círculo que deixa de o ser para se transformar num cone imenso, erguido como que desde os céus, um tornado, um furacão de pensamentos.
O meu problema não era agarrar, era libertá-los, porque como que se prendiam a mim de cada vez que os tentava soltar. E, mais importante que tudo, porque, pura e simplesmente não parecia fazer sentido dizer o que quer que fosse. Era inútil, de que servia falar?
A maioria deles fala, sinto-o. E perguntam "Onde estou", mais outro aspecto estranho acerca deles. Se eu tivesse falado, teria, certamente, perguntado, "Quem sou eu?"
Quem sou eu, certamente, mas o que sou eu seria igualmente uma opção.
A maioria deles, chega nas formas com que partiu. Os homens são homens, os cães são cães, as árvores são árvores. Espantoso, observar que o conformismo e o egoísmo são característicos de todas as coisas.
Chega com a forma e assim vê respondida a pergunta o que sou eu. E, para além do mais, passam a existência convencidos que sabem quem são.
Passei o equivalente à formação da Terra desde o Big Bang para conseguir achar-me. Não me pareceu uma eternidade porque aqui não há tempo, apenas constância. O tempo é algo que vem emprestado do lugar de onde viemos. Tal como o espaço e tal como todo o resto. Aqui, tudo obedece às nossas regras.
Há quem chegue e veja anjos, há quem veja demónios, há quem veja escuridão, há quem veja luz. Mas, na verdade, tudo isso são visões emprestadas do que esperariam encontrar. Há, até, quem julgue que continuou vivo.
Eu sempre neguei o mundo a certo ponto e, depois da passagem, não fiz mais que apagá-lo. Livrei-me de todas as coisas e significados, mas também esvaziei demais e perdi-me.
E, depois de algum tempo ilusório que pode ter sido 15 mil milhões de anos ou dois segundos, reencontrei-me.
Foi por minha preferência que regressei a pequenas coisas do que fora.
Tinha à minha frente um leque infinito de possibilidades, portanto, por que não começar pelo início?
Há regras, claro.
Há uma regra.
É que tudo o que ainda não tiver passado e guardar a sua alma na vida aí está confinado.
Podemos ter tudo, excepto almas.
Podemos construir a cidade de onde voltámos, as pessoas e os animais e as plantas e todo o mais, mas, sejam eles ainda vivos e não mortos como nós, as nossas cópias construídas não terão alma, serão ocas.
E, mesmo que uma alma haja morta, não a podemos forçar a participar no nosso pequeno cenário.
Assim, recomendo não fingir figuras. Apenas a nossa que já tem a nossa alma.
A nossa que será como nós quisermos.
Porém, é com agrado que vejo que, quando se passa a este nível de percepção, todas as pessoas acolhem com um certo conforto o aspecto que tinham. Por mais defeitos que em vida se colocassem, é agora que fazem cópias exactas, sem alterarem um único detalhe.
Depois de me haver encontrado ou reencontrado, deixei-me levar para esse mundo que é o mundo que deixara. Começar pelo mais simples e fútil. Por que não?
Iniciei pela altura que me fora mais cara. Neste espaço de imagens, tornei-me a adorável Adriana de cinco anos, correndo num vestido branco e lilás em direcção a um baloiço. Fingi o vento, fingi o assento, fingi o ar, só não fingi paisagem. Porque eu adoro balançar-me com os olhos fechados, sentir apenas a altura e o perigo. Só que, desta vez, não havia perigo.
Formaram-se os dinossauros e pereceram nesse intervalo de tempo fingido em que andei de baloiço. Imaginem-se milhares de anos apenas baloiçando, baloiçando, baloiçando.
Cessou esse balançar com um latido. Adriana de cinco anos saltou no ponto mais alto e voou um pouco, planando para aterrar.
Disse a minha primeira palavra na voz alta fingida disto que é isto:
-Snoopy!
Tínhamos o infinito para brincarmos e a eternidade para o fazer.
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Um corredor. O chão em madeira, as paredes brancas. Um corredor estreito e eu. Eu, num corredor estreito, perante uma porta. Aventurei-me.
Estava tudo igual, a janela, a cama impecavelmente feita, a poltrona ao canto.
E, mais importante que tudo isto, o avô.
O avô enorme, a maior pessoa que eu jamais conhecera naqueles cinco anos.
O avô, o risco de cabelo que caía, os óculos enormes que enchiam toda a cara.
O avô com o seu grande redondo nariz.
As mãos, pousando o cachimbo, os olhos, intensos, como se me pudessem atravessar.
Aquela estranha figura no seu estranho lugar, tal como sempre me recordava dele.
Achei-me a seu colo em menos de nada, agarrada às roupas grossas com cheiro a naftalina.
Eu fui a neta mais velha. Uma das poucas que ele conheceu. Poderia dizer-lhe que agora havia uma Francisca, um Rui e uma Inês, mas, com os meus cinco anos, esses nomes eram-me desconhecidos.
Para completar o magnífico cenário, juntei-lhe um último pormenor.
Fingi uma tossidela.
O avô cedeu, como sempre fazia. Levou a mão ao bolso e entregou-me uma pedra preciosa, embrulhada em papel branco. Desembrulhei o rebuçado e senti o sabor à infância. Parecia mel sólido com baunilha, mas era só rebuçado da tosse. Mas isso são detalhes, aquele é o verdadeiro sabor da minha infância na casa do avô.
Um dia, mais tarde, poderei contar-lhe que a avó mudou de casa, que mais netos nasceram, que tive boas notas e nunca deixei um ano para trás e que consegui entrar na faculdade.
Um dia, poderei dizer-lhe que nunca ninguém me disse que tu morreste e que eu continuei por anos convencida de que continuavas numa operação muito difícil que demorava muito tempo, no meio das paredes de tijolo do hospital.
Quando, por fim, estiver satisfeita e completa, pode ser agora mesmo, vou continuar por outros caminhos.
Vou até ao fundo do corredor, espreitar para aquele quarto ao canto, quarto escuro. Na cama vejo uma sombra e um feitio de mulher, mais que mulher, de velha. Até aqui está louca, permanece louca. Não me aproximo, limito-me a ver. Quase que tenho medo da minha bisavó.
Virando costas, dou meia volta e chego à entrada.
Um espelho, uma mesa, um tapete e um telefone.
Pego no braço do instrumento mágico e marco um número.
Ao ouvir uma voz desconhecida, desligo de imediato e quase choro.
Abro a porta e subo a escadaria até à minha divisão preferida.
O sótão está cheio de luz e pó, como um nevoeiro de âmbar.
No chão estão os legos do meu tio.
Está tudo uma confusão, uma agradável e confortável confusão.
Subo à cadeira de baloiço, demasiado alta e larga para mim, e dou impulso para a frente e para trás. Só que, de cada vez que a sinto voltar atrás, ganho medo que caia. Fecho os olhos e finjo que comando um barco de piratas.
Sou eu, em casa dos avós, baloiçando-me na cadeira, num barco de piratas.
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Gostaria de ir à escola. Mas a professora ainda é viva e os meus amigos também. Seria um lugar vazio, corredores abandonados, escorregas inutilizados, salas desertas, casinhas de brincar ocas.
Vejo a grande cabana de madeira e prometo um dia, quando todos reunidos na morte, regressar por uma eternidade para brincar.
Assim, segui para uma terra distante, onde quase não há casas.
Normalmente, seguiria para casa da minha prima inglesa, mas ela não estava. Quando ambas existíamos no mundo, isso acontecia, por vezes, estaria lá na Inglaterra. Ali, porém, a verdade era, com lógica, outra.
Também os meus tios eram vivos, tal como os meus avós, tal como outros primos, aliás, tal como todos aqueles que conhecera.
Todos?
Se o tivessem sido, não estaria ali.
Subi as escadas da casinha vermelha e puxei o cordão que fazia de maçaneta.
Espreitei para a cozinha e deixei-me inundar por aquele tão característico cheiro de velho, de muito, muito antigo.
Sentadas à mesa, estavam duas figuras, vestidas em tons de preto e cinza.
Ao verem-me, com um sorriso, disseram a minha expressão preferida, naquele tom de vós ideal adequado ao que me lembrava:
- Olhai!
Não sabia ao certo o que aquela pequena palavra significava, mas, para mim, era o olá dos tempos dos pais da minha avó.
Ri-me e corri a abraçá-los.
Contei-lhes que era boa aluna, que adorava ler e que tocava violino. A bisavó deixou-se deliciar pelas minhas palavras e contou-me as histórias que lhe pedi nos últimos dias de vida. O bisavô sorriu e pediu-me para pôr as tranças que levei ao funeral dele.
Quando fiquei só na cozinha, levantei a toalha da mesa, na certeza de que quem esperava encontrar já se encontrava connosco.
O gato amarelo repetiu os gestos da sua vida, levantou a pata e tentou arranhar-me. Passou a menos de um dedo do meu olho.
Eu estremeci.
Saí.
Um dia, teria a oportunidade de conhecer o irmão da minha avó que tão cedo partira, tal como todos os antepassados meus, tal como toda a humanidade, tal como todas as almas. Havia tempo para tudo, naquele nível de percepção.
Mas esse dia não era aquele.
Era tempo de visitar a casa em frente.
A mamã do meu avô.
O sorriso magnífico sem dentes.
E uns óculos maiores que o que pudesse imaginar.
Mais outra eternidade a ser saboreada.
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Cresci um pouco mais.
Apesar de saber que ainda não havia vizinha do lado com quem brincar, fui até à minha rua.
Era Outono.
Talvez fosse o meu aniversário, mas isso não se lê nas folhas das árvores.
Como sempre, entreguei-me à minha brincadeira preferida da rua.
Juntei as folhas secas do chão, aquele remoinho colorido, num monte apenas. Quando atingiu uma altura considerável, dei uma corrida e atirei-me contra elas.
Continuei o festim, atirando-as ao ar, atirando-as ao meu cabelo, sem nunca parar de rir.
Tão agradável que é ser criança no Outono.
Poderia passar o resto da minha vida saboreando aqueles momentos. Se tivesse vida.
O vestido dos cinco anos mudara.
Agora, era aquele amarelo cor dos girassóis com flores azuis salpicadas.
Chegado, enfim, o momento.
Podia ter dez anos, mas esse não era mais que o meu aspecto.
Era uma ilusão, uma criação, uma imagem da minha imaginação, que aqui a imaginação vale tudo.
Escolhi um jardim.
Um jardim com um parque infantil.
Sentei-me ao baloiço, à espera. Ela não se demorou e vinha com um vestido, também.
Um vestido cor do céu salpicado com girassóis.
Sorrimos. Nunca antes fôramos tão iguais.
Tínhamos muito a dizer, muito a contar. Tínhamos tudo, mas, ao olhar uma para a outra, julgo que nos compreendemos instantaneamente.
Começou ela.
- Olá, Adriana.
A voz dela, por fim, não por um gravador nem por um vídeo.
Ela, ali, ela. Apenas, ela. A minha amiga, a minha melhor amiga.
- Olá, Joanna. - disse. - Olá, Joanna Sophia.
Dito isto corremos a abraçarmo-nos.
Estávamos no mundo dos mortos, éramos as melhores amigas, abraçadas.
Estávamos diferentes, porque a minha alma não estava a sofrer e porque a dela estava inteira.
Ela estava inteira. Haviam-se passado mais que ano e meio desde o dia em que a alma se despedaçara e parte morrera ao dia da morte da réstia da alma e do corpo.
- Foi a primeira coisa que fiz, quando cheguei. Procurar o pedaço de alma que me abandonara.
Está forte. Está mais forte que nunca. E é a minha melhor amiga, tal como a conheci.
A minha boneca preferida caiu
(A imagem foi retirada por opção da autora. Leiam os comentários, falam por si.)
Arrotar & Conversas à beira do abismo
Cuidado.
Cautela aí onde pões os pés.
Sou e não sou
Reflexões multiplo-estúpidas
O que vejo com os olhos da mente
Não cabem mais pessoas
Mensagem de PPPFestejo
E um dia os véus, será que descobrirão...
Cândidas Baladas das Noites Tristes
Amor em palavras
Amo o que escrevo, o que é lindo =)
A vida - pessimismo realista - 12.11
A vida não vale a pena.
E esta é a triste verdade de todas as coisas.
A vida não vale a pena. E não podemos fugir dela.
Mas, oh triste e vã esperança de um sentido, só que não existe.
Não há mais que oco. Oco. Oco. É o fim mas não é o fim. Querias fim, mas não podes.
A vida não vale a pena. E tu nada podes fazer. A vida foge por entre os dedos.
Querias tu. Mas não. Tens de a viver e sofrer com os outros.
Tens de ir com os outros sofredores. A adivinhares o final.
E tu já só vês o final. Só queres fim. Finito.
Mas finito não há. Não mais.
É uma tormenta.
É tortura.
É a tua desgraça.
Em forma de corpo e carcaça física.
Em forma de átomos, de vasos e sangue,
De frescos químicos à força da electricidade.
De vontade vontade vontade. Só que vontade não há.
Porque a vida não vale a pena e a vida está fora de moda.
E tu sabes e não queres mais, só que isso era egoísta e as pessoas.
Oh, as pessoas. Como mandam e são cegas e buscam sentido que não há.
E, assim, encaixam em modelos de sentido por outros ditados, sentido que não há
E muito menos é verdadeiro. Encaixam e os modelos dizem que vale sim a pena
Então repudiam-nos pelo nosso pensamento e chamam-nos egoístas
E nós não podemos partir sem eles, porque seriamos egoístas.
Eu quero, mas não posso, eu quero e não aguento.
Eu tenho de aguentar. De cabeça baixa,
Para sempre caloira da vida.
Sempre a perder.
Sempre perdida.
Sempre na merda.
Sempre cumprindo.
Sempre mobilizada.
Sempre chorando.
Para sempre viva.
Mas que vida?
Dois Pequenos Mini
Escrevo-te porque um dia esquecerás porção e não mai sverás estes escritos até lá. Até lá, bom fixe de vida... =)
Divago
O sorriso mais lindo do mundo
Sinto
Comentário
Os dias passam, porém, a adoração que nutro por ti não diminui com elas: é ampliada e multiplicada. Como te adoro, álgebra!
Chegada
Sobre todas as coisas
Felizes conformistas
Fobia Social
RubyAnnE
Viagem à volta das minhas teorias
Manhãs da Caloira
Vou magicar
Manhãs minhas
Despedidas (até quando?)
Tenho de dizer e não quero, volto ao mesmo que dizia antes, arranjo mais um pretexto.
Tenho escrito, escrevendo por aí
São as leis da Natureza.
Palhaços armam-se em palhacinhos de papel num carrousel de mãos dadas.
Palhacinhos presos por cordéis são agora marionetas existenciais
.Escondo-me dos palhaços, com medo. Medo que me levem com eles para debaixo das suas redes e seja para sempre palhaça.
É sangue na minha caneta.
Sangue seco, de cicatriz. Coagulado. Sangue que jorra.
Caindo no papel como tinta. Já não sei se a caneta é a assissassina ou se também ela é assissassinada.
ASSISSASSINADA.
ASSIMSSÓSSEMNADA.
De tudo desprovida.
De mágoas de sangue como tinta.
De vida.
_
Valerá a pena tomar conta destas bestas que zurram, presas, destas mentes desutilmente fúteis?
De que vale falar-lhes? De que vale ouvi-los?
São planos e nada ouvem.
Sabem repetir, apenas, nada mais.
Que interessa todo o resto?
_
O chão vem parado connosco.
O movimento é relativo.
_
Corpo morto no Regional Coimbra - Serpins.
Nota de último momento: corpo morto acordou e é de novo jovem inundado de vida.
Que lindo, que lindo dia para ter permanecido em Coimbra.
teorias elaboradas às 2h, partindo de conversas, chegando à espontaniedade de freeWriting, por pensamentos recém formados de inundações no exterior do
(cont. do título: do Dolce Vita e Estádio.)
talvez também devesse investir algum tempo em socializar com as minhas colegas, mas também acho que é uma causa perdida.
já nada vale a pena.
o que deveria ter aprendido na altura devida, não aprendi, agora parece-me impossível falar com personalidades tão distintas da minha.
eu não conseguiria passar o tempo a falar de compras e de roupa e de lojas. a menos que fossem lojas de livros. ou decoração, tenho de confessar.
eu não consigo ver como é que um jantar de curso pode ser melhor que uma noite a ver ballet.
para lá de ter grandes dificuldades comunicativas, no início.
nada ajuda, sabes?
nada ajuda e não sei como, não sei se posso, não sei se é permitido, não sei como suportar, não sei como querem que o faça, não sei se estou à espera, se estiver é da altura certa, não de alguém, porque agora já não estou sozinha, nem nunca estive, sempre tive o edgar e o coveiro, sempre tive mundos comigo, sendo eu dona deles porque eles são eu e nunca de mais precisei, mas agora tenho mais e não o quero desperdiçar, isto vai sair algo lindo, não te metas comigo mundo, olha para ti e para o teu grupo de futilidades, não tentes ser feliz, porque ser feliz é uma merda enquanto existirem infelizes torturados sem poder viver, quanto mais falar de futilidades, não se esmerdem em roupas, porque algum dia não haverá mais, não se esmerdem em recursos naturais, que estes não hão-de durar mais que vós próprios.
vejam, vejam, olhem o presente de frente, sim, o presente, o que diziam ser futuro longínquo já chegou, parem de falar e vejam a verdade que vos escondem, vejam por trás dessas fachadas que vos contam, não haverá mais mundo além deste, por que insistem em fechar os olhos?desmerdem-se.
eu já não tenho nada que ver com vós.
eu caminho com os meus,
já vocês, preocupem-se com o que quiserem.
depois não se espantem, não se deixem apanhar desprevenidos.
vou com os meus.vamos em conjunto, somos muitos.
somos suficientes.somos auto-suficientes
e somos independentes da vossa escravatura cega por mariquices.
e somos independentes da vossa ditadura do consumismo.
ajudaremos quem nos pedir ajuda.
estenderemos a mão a quem se estiver a afogar.
mas o que poderemos fazer com aqueles que insistem em não abrir os olhos?
já nada sei. nunca soube.
isto é demasiado estranho e confuso, mas acho que eu e os meus detemos uma certa razão, mais certa que a vossa.
não é razão, é alinhamento de prioridades.
e, segundo os problemas de hoje, os vossos estão todos errados.
os vossos baseiam-se na premissa de que vão morrer quando forem muito velhos, e, ainda assim, estão tão mal planeados.
deus meu, quem sois vós?
sois o povo adormecido.
não vos posso deixar para trás só por quererem estar a dormir, pois não?
já nada sei, já nada sei, nunca soube.
por isso tenho de pensar e escrever o que penso, para chegar lá, para descobrir e saber mais.
e sozinha?
sozinha nunca estive.
nunca estive tão longe de estar sozinha.
agora tenho a certeza.
tenho a certeza.
que não errei nas prioridades.
que são meramente muito mais que meros pensamentos.
que eu sou e que quem sou me é permitido ser, não vai contra um dado tipo de natureza,
que sou, quem sabe, humana, que a minha espécie não vive só.
que vive só, mas que não sou a única.
quem sou, agora?
quem és, agora? povo adormecido ou tribo das insónias?
quem és, agora? por mim ou ignorando as nossas ideias?
que espaço
que chuva
que nada
que eu
que feio
que estranho
que estranheza
que lentidão........
a processar....................
encontrado erro, pensamento fora da norma.
o programa vai ser encerrado.
não vale a pena tentar moldar uma personagem plana.
não vale a pena tentar moldar barro que já cozeu, só o pode partir.
FIM DA APLICAÇÃO.
This night could be magic
Bonito
Pequenos Factos
Tentando saber quem sou
Para que nunca ninguém se esqueça de quem eu sou:
23ª mensagem (roubada ao Culpa)
Noite lá no cimo
Segundo Manifesto Outono
Aos 5o Ventos
Telas de desatino
Pinceladas cor de sal.
~Quando o choro é sério~
Doem-me os olhos de tantas lágrimas, dias e dias, noites e noites, no chão, tentando agarrar-me à vida, mas a vida está lá, então o que vejo, o que vejo? Que choro eterno, desabandonado, há-de haver sempre lágrimas nos meus olhos, lágrimas escorrendo, quando sorrir hei-de desfazer-me em lágrimas, lágrimas de compaixão, de dor que é parte minha, de dor que é tanta tua, demasiada dor que é tua, passando pelos tristes arcos, dor da despedida da inocência, dor da inocência despida que, uma vez despida, deixa de ser inocência. Dor e medo das sombras que passam, mágoa e ódio e sal a lágrimas.